Estudante do 8 semestre na graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará - UFC. É bolsista de iniciação científica do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia à 3 anos, coordenado pela Professora Doutora Rejane Vasconcelos Accioly Carvalho. Atualmente realiza pesquisas sobre eleições, análise do discurso, campanhas eleitorais, como também sobre a Comunidade Surda, identidade e movimentos sociais.
IV Reunião Equatorial de Antropologia / XIII Reunião de Antropólogos do Norte e Nordeste, Fortaleza • por Eudenia Magalhães Barros Ações coletivas, identidade e os (novos) agentes sociais: Uma breve experiência etnográfica sobre a Comunidade Surda no Brasil
No intuito de compreender como ocorrem os processos de formação de novos agrupamentos e movimentos sociais na sociedade contemporânea, este trabalho pretende apresentar algumas experiências etnográficas vivenciadas com o grupo denominado “Movimento Surdo em favor da Educação e da Cultura Surda” coletivo liderado e organizado por pessoas com surdez, no ato político ocorrido em maio de 2011, na cidade de Brasília - DF. O interesse em desenvolver esta pesquisa surgiu através da experiência de campo com esses agentes, em uma pesquisa realizada sobre a Associação dos Surdos do Ceará – ASCE, que discutia a reconfiguração da identidade estigmatizada dos sujeitos surdos. Após testemunhar o surgimento desse coletivo, responsável por mobilizar pessoas surdas e não surdas a fim de organizar atos políticos, promovendo ciclos de palestras, seminários e debates em vários estados do Brasil, alguns questionamentos surgiram, principalmente no que tange às formas de articulação e organização desses agentes sociais: Que discursos associam-se à prática desses agentes? Quais argumentos propõem a construção de uma identidade cultural pautada principalmente em questões políticas? Há uma reconfiguração nos padrões pré-estabelecidos dos chamados “novos movimentos sociais”?
Universidade Federal do Ceará, UFC, Brasil • por Eudenia Magalhães Barros Estigma e processos identitários: Um estudo sobre a campanha de Vanessa Vidal a deputada estadual nas eleições de 2010
Essa pesquisa buscou compreender como ocorrem os processos de manipulação e reversão do estigma, e as diferentes estratégias utilizadas na construção de novas identidades culturais, tendo como objetivo analisar a trajetória de Vanessa Vidal, surda e estigmatizada, e as formas de reversão e manipulação do estigma dentro da campanha eleitoral de Vanessa à Deputada Estadual em 2010. A metodologia utilizada foi de cunho qualitativo, como registros em diário de campo na época da campanha, entrevistas semiestruturadas, análise dos materiais de campanha – santinho, folders, vídeos, blogs –, e pesquisa bibliográfica envolvendo as temáticas de estigma, representação, antropologia política, campo e ethos político. Percebeu-se que Vanessa Vidal buscou reverter e manipular seu estigma da surdez em suas representações coletivas dentro da campanha eleitoral, buscando adaptar-se no campo político constituído de regras próprias, agregando símbolos a fim de evocar seu ethos político, moldado através do uso das imagens e discursos em torno da suas carreiras morais de miss e militante.
RVCSD - Revista Virtual de Cultura Surda e Diversidade, Edição nº 07 • por Eudenia Magalhães Barros O mundo do silêncio. Uma breve contextualização da trajetória do indivíduo surdo na humanidade
O presente artigo pretende dar uma visão geral da trajetória do indivíduo surdo, elencando fatores históricos, a fim de ressaltar alguns dos motivos pelos quais os Surdos vêm travando lutas e conquistando espaço na sociedade ao longo do tempo. O resgate histórico foi sugerido no intuito de obter o máximo de informações sobre a história da Associação dos Surdos do Ceará – ASCE –, procurando investigar quais os primórdios da sua fundação, qual função lhe era destinada e a sua atuação na vida dos Surdos cearenses nos dias de hoje.