Especialista em Educação Infantil e Especial pela Universidade Cândido Mendes e em Libras pela Faculdade Padrão.
Graduada em Pedagogia pela Universidade Católica de Goiás.
Graduanda em Letras Libras Bacharelado pela Universidade Federal de Santa Catarina (pólo IFG).
Professora efetiva da Rede Estadual de Educação de Goiás, com lotação no CAS-GO (Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez), exercendo as funções de Coordenadora Pedagógica e Professora Intérprete de Libras.
REVELLI – Revista de Educação, Linguagem e Literatura da UEG-Inhumas, p. 74-86 • por Karime Chaibue A Relação entre Leitura e Escrita da Língua Portuguesa na Perspectiva da Surdez
O hemisfério esquerdo do cérebro é o responsável pelas funções da linguagem, apresentando às línguas de sinais e às línguas orais organizações cerebrais semelhantes. Além do uso do hemisfério esquerdo na língua de sinais, ocorre o uso do hemisfério direito devido a sua modalidade visoespacial. O surdo possui uma acuidade visual mais aguçada do que a do ouvinte, por esta razão ele está mais bem preparado para adquirir naturalmente a língua de sinais. Dessa forma, torna-se evidente a dificuldade da elaboração da escrita do surdo em Língua Portuguesa, pois além de ser a sua segunda língua, com modalidade diferente da sua língua natural, ele é impossibilitado de receber estímulos sonoros devido a sua condição sensorial. Tal fato torna indispensável a apresentação da língua portuguesa na modalidade escrita, para a acessibilidade visual do surdo, promovendo e facilitando o acesso à escrita.