Professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) no Departamento de Educação - DEPED/ Campus Curitiba. Possui Doutorado em Distúrbios da Comunicação (Universidade Tuiuti do Paraná-UTP/2016),Mestrado em Educação (2006), Pós- Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia (2002), Educação Bilíngue Libras/ Língua Portuguesa (2007) e Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva (Instituto Federal do Triângulo Mineiro - lFTM 2018/ em andamento), graduação em Pedagogia (1999). Pesquisador no Grupo de Pesquisa sobre Desenvolvimento Profissional Docente (UTFPR). Participante da Rede de Pesquisadores em Formação de Professores (RIPEFOR). membro da comissão Editorial da Revista Transmutare (periódico online do Departamento de Educação da UTFPR/Curitiba). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Inclusiva, atuando principalmente nos seguintes temas: Processo de ensino e aprendizagem, Desenvolvimento Profissional Docente, Políticas Públicas de Educação Inclusiva, Educação de Surdos, Aquisição da Língua de Sinais e Tradutor e Intérprete de Libras/Língua Portuguesa.
Revista Transmutare, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 184-196 • por Marta Rejane Proença Filietaz Desenvolvimento dos profissionais que atuam na educação bilíngue para surdos
Esta pesquisa tem como objetivo discutir sobre o desenvolvimento dos profissionais contemplados no Decreto nº 5.626/2005, que ganham importância significativa no processo educacional dos alunos surdos numa perspectiva bilíngue, considerando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e a Língua Portuguesa como segunda língua na modalidade escrita. Assim, destacamos a atuação dos Tradutores e Intérpretes em Língua de Sinais e Língua Portuguesa (TILS), o professor Bilíngue, o professor surdo e o instrutor de Libras. A metodologia escolhida para a realização deste estudo buscou os pressupostos teóricos baseados na pesquisa com abordagem qualitativa. Nesse sentido, a investigação se pautará por uma práxis com aportes na abordagem sócio-histórica de cunho dialético, considerando o resgate da trajetória histórica e cultural sobre a concepção educacional dos profissionais que atuam na Educação dos surdos. Em uma primeira etapa efetiva-se uma discussão sobre as questões do contexto da educação dos surdos e suas implicações nos processos de formação e atuação dos profissionais inseridos em um contexto de educação bilíngue. Esses temas serão balizados a partir de perspectivas apontadas por Schubert (2015), Andreis-Witkoski (2012, 2013), Filietaz e Tsukamoto (2011), Lacerda (2009), Quadros (2007, 2010), Filietaz (2006, 2016), bem como na legislação que orienta as práticas educativas em contextos de inclusão, como a LDB 9.394/1996, o Decreto nº 5.626/2005 e a Lei Federal nº 13.146/2015. A segunda etapa foi estruturada a partir de entrevistas semiestruturadas realizadas com os profissionais que atuam em três escolas, na cidade de Curitiba e na área metropolitana, que utilizam a proposta bilíngue. É inegável a grande conquista por meio do Decreto nº 5.626/2005 que passa a dar novos rumos e desafios de como assegurar os direitos à educação dos surdos, com acesso e permanência na escola para o desenvolvimento cognitivo, social, cultural, entre outros pontos citados nos documentos legais.
Revista Sinalizar, Goiânia, v. 4 • por Marta Rejane Proença Filietaz A interface entre a apropriação da linguagem por sujeitos surdos e a língua de sinais
Este artigo aborda a apropriação da linguagem por surdos, apontando a relevância do papel da Libras em suas interações familiares, escolares e sociais. As discussões estão alicerçadas sobre a teoria sócio histórica de Vygotsky, segundo a qual o desenvolvimento da linguagem ocorre impulsionado pelas interações humanas. A partir dessa perspectiva teórica, foram levantadas questões sobre os efeitos da privação da Língua de Sinais em crianças surdas, uma lacuna que as impede de alcançar desenvolvimento semelhante ao das crianças ouvintes por não terem acesso a uma língua plena. Além da necessidade de a criança surda ter acesso à Língua de Sinais desde tenra idade, aponta-se também a importância da criação de um ambiente bilíngue familiar, escolar e social, para que ela possa ter interações de qualidade, fomentando a plena apropriação da linguagem e de outros desenvolvimentos correlatos.