Grauben Assis é Doutor em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (1994). Docente do Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, na Universidade Federal do Pará. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa pelo CNPq. professor Associado 4, vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Realizou estágio de Pós-Doutorado no Rehabilitation Institute (Southern Illinois University at Carbondale-USA). Coordenou o curso de graduação em Psicologia (1988-1989), Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento (2005-2007 - 2009-2010) e o Departamento de Psicologia Experimental (1994-1997). Atualmente, coordena o Projeto de Pesquisa intitulado "Aprendizagem de Relações Ordinais" (financiado pelo CNPq.) e um outro projeto intitulado "Tecnologias de ensino e interações sociais na educação inclusiva" com financiamento da CAPES/PROESP. Coordena ainda um grupo de pesquisa "Laboratório de Estudos do Comportamento Complexo" (www.lecc.ufpa.br), catalogado no Diretório de Pesquisa do CNPq. Atua na área da Psicologia, com ênfase em processos psicológicos básicos e tecnologia de ensino nos seguintes temas: Controle de estímulos, relações ordinais (sintáticas e numéricas), produção de sentenças, leitura e escrita na análise do comportamento.
Acta Comportamentalia, v. 19, p. 43-63 • por Grauben José Alves de Assis Efeitos da ordem de ensino e da transferência de funções sobre relações ordinais em surdos
O presente estudo verifi cou os efeitos da ordem de ensino e da transferência de funções sobre relações ordinais em crianças surdas. Doze crianças surdas foram distribuídas em dois grupos experimentais. No Grupo 1 a tarefa era ordenar os estímulos com base na numerosidade, e em seguida ordenar outros estímulos sem ter por base a numerosidade. No Grupo 2 os participantes eram expostos à ordem inversa. No procedimento de ensino informatizado, a tela do computador era dividida em “área de escolha”, onde os estímulos eram apresentados aos pares, e “área de construção”, onde os estímulos eram dispostos lado a lado após a seleção. Respostas corretas produziam uma animação na tela, após completar a seqüência. Caso contrário, a tela escurecia por 2 s. Após revisão da linha de base, eram apresentados testes de transitividade e conectividade. Todos os participantes atingiram o critério de acerto e foram capazes de formar novas seqüências, com alguma variabilidade inter e intra-sujeitos. Nos testes de conectividade, os participantes do Grupo 1 apresentaram um responder mais consistente com a linha de base. Houve transferência de funções ordinais para os novos estímulos, demonstrando-se a efi cácia do procedimento de sobreposição no estabelecimento de classes de estímulos ordinais equivalentes.
