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Neuma Chaveiro
Neuma Chaveiro
Fonoaudióloga
Encontro do paciente surdo que usa língua de sinais com os profissionais da saúde
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Publicado em 2007
Mestrado em Ciências da Saúde (Conceito CAPES 4). Universidade Federal de Goiás, UFG, Brasil
Neuma Chaveiro
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Resumo

Dissertação construída na modalidade artigos científicos e consta de três artigos, sendo o primeiro e o segundo de revisão sistemática da literatura sobre o tema do estudo e o terceiro tem por conteúdo a parte experimental da dissertação. O primeiro artigo, aceito pela Revista da Escola de Enfermagem da USP tem como título: Revisão de literatura sobre o atendimento ao paciente surdo pelos profissionais da saúde com ênfase na comunicação entre paciente surdo e profissional da saúde. No segundo, aceito pela Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, intitulado Relação do paciente surdo com o médico, foram abordados os aspectos legais e socioculturais da relação do paciente surdo com o médico. O terceiro, submetido à Revista de Saúde Pública, com o título Encontro do paciente surdo que usa língua de sinais com os profissionais da saúde, que tem por conteúdo o objeto desta dissertação, cujo objetivo foi analisar o encontro entre pacientes surdos que utilizam a língua de sinais e os profissionais da saúde. Desenvolvido numa abordagem qualitativa de natureza descritivo-exploratória. Participaram 11 pessoas surdas, que utilizam a Língua Brasileira de Sinais para se comunicar, sendo 8 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, com idades entre 19 e 36 anos. Para a coleta de dados foi utilizada uma entrevista semi-estruturada, contendo questões que abrangiam as expectativas da pessoa surda quanto ao encontro com os profissionais da saúde, os meios de comunicação utilizados, a presença de um intérprete da Língua Brasileira de Sinais como mediador da relaçao e o que julga necessário para favorecer uma boa relação. Os dados foram organizados utilizando a técnica de análise de conteúdo, proposta por Bardin, que permitiu identificar três categorias: Comunicação Estabelecida, Presença do Intérprete e Falta de Autonomia. Na primeira categoria destacaram-se duas subcategorias: facilidades e dificuldades. Como facilitador sugiram os recursos visuais e, como dificultador, ineficiência na comunicação, podendo chegar ao extremo de sentirem-se impedidos de buscar assistência. Outras dificuldades apontadas foram a língua escrita e profissionais não capacitados para atendê-los. A categoria Presença do Intérprete apresentou como destaque a complexidade deste mediador. Em alguns momentos sua presença é valorizada, enquanto, em outros, torna-se uma barreira. Na Falta de Autonomia, verificou-se que os direitos dos pacientes surdos não estão sendo respeitados, ficando à parte nas decisões tomadas principalmente pela família. Concluiu-se que os pacientes surdos deparam-se com muitas barreiras no encontro com profissionais da saúde, desde o agendamento, o momento do encontro, até os desdobramentos decorrentes e, em muitos relatos verificou-se que eles não conseguem resolver seus problemas, não compreendem o porquê das atitudes tomadas pelos profissionais, sentindo-se excluídos, não respeitados em sua autonomia. Portanto, a participação efetiva dos pacientes surdos nos encontros clínicos necessita especial atenção por parte dos profissionais da saúde.

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