Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Especialização em Docência da Língua Brasileira de Sinais - Libras pela Universidade Tuiuti do Paraná. Graduada em Letras Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Atualmente atuo como Professora Mediadora no curso de Graduação de Pedagogia Bilíngue pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES, no Polo Presencial UFRGS, Vice-Coordenadora do Projeto de Extensão da UFRGS: Arte de Sinalizar e Diretora Social Geral do Sociedade de Surdos do Rio Grande do Sul - SSRS.
Revista Espaço - Rio de Janeiro, nº 51, p. 163-177 • por Bruna da Silva Branco Hibridismo e literatura surda: Análise de “Curupira Surdo”
O artigo analisa o livro “Curupira Surdo” (2016) a partir da abordagem de questões do hibridismo na literatura e, em especial, na literatura surda. A fundamentação teórica do trabalho envolve autores que tratam de Literatura, como Cascudo (2006), Coutinho (1981), Karnopp (2006, 2008), Mourão (2011, 2016) e Sutton-Spence [et al.] (2016), e de Hibridismo, como Burke (2016) e Canclini (2001). O artigo situa a história do conto popular Curupira no Brasil e discute a expansão da literatura surda como produto da cultura surda. Da análise, conclui-se ser a obra tipicamente híbrida, com diferentes misturas entre a literatura brasileira (transposição de conto popular) e a literatura surda. Anteriormente, as histórias do Curupira, originalmente orais, foram registradas por escrito, usando os mesmos personagens em diferentes versões. A diferença trazida pelo livro “Curupira Surdo” vem da adaptação com características da literatura surda, com um protagonista surdo e a valorização da língua de sinais.
Revista Ecos, v. 24, ano 15, nº 1, p. 104-136 • por Bruna da Silva Branco Sarau Arte de Sinalizar: narrativa, humor e poesia
Neste artigo, são apresentadas as impressões de espectadores do evento cultural “Sarau Arte de Sinalizar: narrativa, humor e poesia”, que ocorreu em Porto Alegre – RS, vinculado ao projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A ideia de promover esse encontro, em forma de Sarau, veio da própria comunidade surda, que objetivava compartilhar e registrar diferentes maneiras culturais da arte de sinalizar. O palco do Sarau contou com artistas surdos brasileiros e apresentações em vários gêneros literários. Nesse evento, foram realizadas entrevistas com os espectadores, que objetivaram explicitar as experiências ali constituídas. Os depoimentos bem relevantes à apresentação de resultados produzidos a partir das experiências do outro, registrados e conectados a um fluxo compartilhado com a Literatura Surda e os Estudos Surdos.