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Segundo a OMS 360 milhões de pessoas no mundo sofrem de perda auditiva incapacitante
por porsinal     
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Terça-feira, 26 de Março de 2013 às 20:54:57
Metade dos casos seriam facilmente evitáveis por meio de políticas públicas de saúde adequadas que assegurassem o diagnóstico e o tratamento precoce.

No relatório preparado para a International Ear Care Day (3 de março), a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que há uma estimativa de 360 milhões de pessoas no mundo que sofrem de perda auditiva incapacitante. Destes, um terço, ou um total de 165 milhões é formado por pessoas acima de 65 anos e 32 milhões por crianças e adolescentes com idade igual ou inferior a 15 anos de idade.

Com o crescimento das cidades, a evolução tecnológica e o acesso da população a novas terapias, associados ao aumento do consumo, a esperança de vida aumentou. Fato que também elevou o número de indivíduos com perda auditiva em todo o mundo.

Dados da OMS sugerem que até dois terços dos adultos acima de 75 anos podem desenvolver perda auditiva. Porém, mesmo para esta população, é necessário reconhecer os sinais da perda auditiva e compreender as consequências negativas da perda auditiva não tratada, tais como: perda de memória, isolamento social, depressão e até demência.

O problema auditivo além de fazer parte do envelhecimento humano, também pode ser associado a fatores que incluem a exposição a altos ruídos no passado, recorrentes infecções do ouvido, algumas doenças sistémicas, como diabetes e problemas cardíacos ou a fatores genéticos. Por isso, a entidade recomenda que todos os adultos, a partir dos 50 anos se devem submeter a uma triagem auditiva, mesmo que assintomáticos, como forma de identificar precocemente esta condição.

Já, segundo a OMS, o grande número de crianças e jovens com a deficiência auditiva ainda são causados, ou por doenças que levam à perda auditiva tais como a papeira, rubéola, sarampo e meningite, ou por exposição excessiva a ruídos que levam a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR), um problema característico das grandes cidades e das novas tecnologias de comunicação tais como, ipods, Mp3 e outros aparelhos de reprodução sonora individual, que emitem ruídos acima do nível máximo recomendado pela organização.

Em ambos os casos a perda auditiva incapacitante, segundo a OMS, deve ser tratada como um problema de saúde pública, visto que, cerca da metade dos casos de perda auditiva no mundo são facilmente evitáveis, enquanto muitos podem ser tratados por meio de diagnóstico precoce e intervenções adequadas que incluem o uso de aparelhos auditivos, disse Shely Chadha do Departamento de Prevenção da Cegueira e Surdez da OMS.

A OMS sugere aos países a criação de leis que regulem a emissão de ruídos nas cidades e nos mais diversos aparelhos de uso doméstico, principalmente em dispositivos de reprodução sonora individual. A organização também sugere que os países implementem medidas necessárias para assegurar que todas as crianças sejam vacinadas contra doenças infecciosas que levam a perda auditiva.

A triagem auditiva neonatal, de acordo com a organização, é outra importante medida, visto que possibilita que crianças que tenham pré-disposição genética para a doença, ou que tenham sofrido complicações durante a gestação, tenham o problema detectado e tratado precocemente, desenvolvendo habilidades de oralidade e leitura idênticas à criança sem o problema auditivo.

Para os adultos, a organização sugere a triagem auditiva a partir dos 50 anos e políticas que garantam apoio social e o acesso a aparelhos auditivos, já que, segundo a organização, somente uma em cada 40 pessoas no mundo que precisam de um dispositivo auditivo, fazem uso do aparelho.

Fonte: OMS

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