Apesar de já existirem mestrados em LGP e Educação de Surdos, este mestrado, pela sua estrutura curricular, é o único que confere habilitação para a docência.

A estrutura do ciclo de estudos pretende providenciar formação educacional e em didáticas específicas apostando numa forte componente de prática profissional para que os mestrandos contactem com o maior número de realidades de ensino possíveis. Desta forma, os docentes que estejam no sistema, mas não possuam requisitos para ingressar na Profissionalização em Serviço encontram uma resposta neste segundo ciclo.

A ESEC forma profissionais em LGP desde 2005 o que, para Isabel Correia, coordenadora do Mestrado, permite “agora aplicar esse saber construído há mais de uma década, na formação de docentes dessa língua. A experiência que temos em produção de materiais bilingues e, sobretudo, a nossa proximidade com a comunidade surda são mais valias para esta nossa oferta que se quer adaptada às necessidades do país e seguindo padrões de excelência e rigor”.

Os licenciados em Língua Gestual Portuguesa são os principais interessados neste mestrado, no entanto, “os destinatários são todos aqueles que queiram ingressar na carreira docente do grupo de recrutamento 360- docente de LGP. Conforme diz o dec. Lei 16/2018 de 7 de março, que instituiu o grupo 360, os candidatos devem ter previamente 120 créditos em LGP para poderem concorrer”, refere a Coordenadora do curso.

A área da LGP tem vindo a crescer, não apenas no ensino para alunos surdos, mas, também, como oferta de escola para alunos ouvintes de que são exemplo clubes de LGP em várias escolas.

O Mestrado em Ensino de LGP pretende igualmente providenciar formação que habilite os formandos para ministrar aulas a ouvintes de faixas etárias diversas incluindo-os em projetos fora e dentro da ESEC.