A Editora Universitária da UFSCar publicou seus primeiros livros em 1993. Seu primeiro catálogo, elaborado em 1995, tinha 14 títulos. Agora temos 206. É que desde sua fundação vem lançando em média dez livros por ano. Obteve reconhecimentos importantes, vindos da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), por seu trabalho pioneiro deflagrado contra a pirataria editorial, que faz o Brasil perder por ano cerca de US$ 250 milhões, o que representa em média US$ 25 milhões em direitos autorais, quantia que certamente os autores brasileiros reunidos não recebem num ano. Também a Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), por iniciativa do saudoso Henrique Alves, premiou o projeto editorial da EdUFSCar.
Diversas instituições encarregadas de defender escritores e autores seguem hoje o exemplo da UFSCar e tomam providências enérgicas contra essa pirataria. Assim, várias universidades estão impedindo o rebaixamento de seus padrões de ensino ao evitarem que os alunos leiam apenas pequenos trechos de livros, ou deles utilizem apenas cópias descartáveis e efêmeras. Tocamos neste ponto porque a cópia indiscriminada de livros atrapalha os planos editoriais, vez que faz diminuir as tiragens, aumentando seus custos e prejudicando autores, editores e leitores.
Devido à notória escassez de recursos, a EdUFSCar tem realizado co-edições com outras editoras universitárias (UFRGS, UFSC, UNICAMP etc) e também com editoras comerciais (Francisco Alves, Vozes, Mercado Aberto, José Olympio, Record, Mercado de Letras etc), além de ter obtido apoios de outras instituições (Arquivo Nacional, FUNARTE, FAPESP etc).
O critério é o da qualidade e não o do mercado, mesmo porque não raro temos de contrariar as normas que regem as editoras comerciais. Quando não publicamos originais de qualidade, a causa é uma só: falta de recursos.