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PAN defende intérpretes de língua gestual nos serviços públicos
por porsinal     
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Sexta-feira, 24 de Março de 2017 às 16:32:54
O PAN quer ver os direitos das pessoas surdas mais acautelados, seja numa urgência hospitalar, num centro de saúde, numa biblioteca ou numa Assembleia Municipal. Por entender que, em várias instituições públicas, as pessoas surdas continuam a enfrentar estas dificuldades, o partido apresentou uma proposta na qual recomenda ao Governo a criação de uma bolsa de intérpretes de língua gestual nos serviços públicos.

A ideia não é, porém, nova. Há cerca de um ano, o Governo anunciou precisamente a criação de balcões de atendimento especializados em questões de deficiência, a contratação de intérpretes de língua gestual no Serviço Nacional de Saúde, medidas fiscais mais vantajosas para pessoas com deficiência e o lançamento do sistema de apoio à vida independente. Algumas destas propostas, que o executivo quer concretizar nos próximos anos, já estão a fazer o seu caminho (como o diploma sobre a vida independente, por exemplo).

Na nota que enviou às redacções, o PAN refere que, apesar de "os últimos diplomas sobre a matéria serem de 2004 e de 2006", aquelas "barreiras" continuam a existir ainda hoje em várias instituições públicas. Mesmo na Segurança Social, onde já é possível pedir atendimento em língua gestual portuguesa, o PAN considera que se pode fazer mais e alerta para a espera de “cerca de duas a três semanas” para que aquele atendimento seja marcado, enquanto uma “pessoa sem deficiência simplesmente se dirige ao balcão e é atendida”.

A situação mais preocupante, para este partido, é mesmo na saúde: “Como é que um cidadão surdo comunica com o seu médico e lhe explica o que está a sentir? Ou leva consigo um familiar que possa interpretar o que está a dizer, ou assume a despesa de pagar a um intérprete, ou vai ter muitas dificuldades em comunicar com o médico, assistentes administrativos ou enfermeiros”, lê-se na nota enviada à comunicação social.

A situação torna-se mais grave ainda em situações de emergência médica, em que a pessoa surda não tem a possibilidade de organizar uma ida ao hospital acompanhada de um intérprete”, acrescenta o partido que alerta para o facto de as barreiras com as quais os cidadãos com deficiência se deparam não serem “só arquitectónicas, são também sociais, culturais e políticas”. Enquanto essas dificuldades não forem resolvidas, termina o PAN, “não podemos dizer que vivemos numa sociedade igual e justa para todos os cidadãos”.

Fonte: Público

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