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Educação de surdos e preconceito: bilinguismo na vitrine e bimodalismo precário no estoque
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Publicado em 2011
Universidade Federal do Paraná
Sílvia Andreis Witkoski
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Resumo

Realiza estudo etnográfico, com base teórica sócio antropológica sobre a surdez, que a perspectiva como uma diferença, contrapondo-se aos discursos clínico-terapêuticos. A pesquisa de campo desenvolveu-se em uma escola para surdos de uma capital brasileira, que oficialmente se autodenomina como bilíngue, durante todo o ano de 2010. A observação efetivou-se no espaço da sala de aula, de uma turma de alunos surdos, da sétima série, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Língua Brasileira de Sinais. A realidade observada demonstra que, na contramão da proposta bilíngue prevista para a educação dos surdos, a escola observada, que representa o universo de outras escolas para surdos, caracteriza-se pela absoluta ausência de um ensino qualificado e diferenciado para os surdos, com o predomínio de práticas oralistas. Confirma que a escola continua produzindo e reproduzindo práticas que induzem a condição de iletrados-funcionais, que a maioria dos surdos brasileiros alcança mesmo depois de permanecerem anos nos bancos escolares. Entre os fatores que conduzem a este resultado, a análise dos dados empíricos aponta para: (a) o preconceito contra os alunos surdos que os estigmatiza a como deficientes e sem condições efetivas de desenvolvimento semelhante aos ouvintes, (b) a não formação ou formação deficitária dos professores, (c) as tentativas de normalização do surdo à cultura hegemônica, que repercutem negativamente na sua formação identitária e no seu sentimento de pertença.

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